Inserido no projecto cultural do Ciclo de Conferências do Côa, a SOMA – Associação de Arte e Cultura e o pelouro da cultura da Câmara Municipal de Foz Côa, escolheram a temática, “Europa e a Questão do Imaginário”, nesta primeira conferência.
Dentro deste âmbito e a convite da organização, passou no pretérito dia 23 de Novembro, no auditório do Centro Cultural, uma figura destacada da cultura portuguesa: O professor Eduardo Lourenço.
Os presentes deliciaram-se com as diversas interpretações histórico-filosóficas proferidas por ele, e reiterou perante todos a sua constante preocupação sobre o futuro da Europa. Este professor filósofo/ensaísta contemporâneo, iniciou este ciclo, com testemunhos de incerteza e com uma magnífica resenha histórica da Europa desde os finais do sec. XIX.
Eduardo Lourenço, demonstrou a todos os intervenientes da e na sessão, que os seus 88 anos não são impeditivos de possuir uma capacidade de clarividência, discernimento e atitude crítica invulgar, e demonstrou também, possuir uma resistência física invejável, pois assimilou e verteu 4 horas de análise e debate sobre questões profundas, quer da realidade político/económica, quer da intervenção estratégica das super potências europeias, na actual crise política europeia. A mesa desta reunião foi presidida pelo Dr. Manuel Joaquim Pires Daniel, e sendo ele, uma referência cultural do nosso concelho, conduziu com mestria e de uma forma impar a passagem do professor Eduardo Lourenço por Foz Côa. Para além da natural presenta do Sr. Presidente da Camara, a quem coube a abertura e encerramento dos trabalhos marcaram presença também, o ilustre Dr. Oliveira e Cruz, do Instituto Piaget de Viseu, o Dr. José António de Almeida, do Centro de Estudos Ibéricos e os conterrâneos Dr. Jerónimo Costa, Dr. Jorge Maximino e Dr. Rui Pinto.
O evento teve um outro objetivo importante que foi relançar a partir de um dos locais míticos da arte rupestre ao ar livre, o debate em torno de uma Europa em crise, de um Portugal à procura de um futuro ancorado nos pergaminhos que a sua ilídima história ostenta.
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